Depressão e sua relação com a obesidade
Para averiguar tal condição, pesquisadores examinaram associações diretas e indiretas entre sintomas depressivos, alimentação emocional, atividade física (capacidade do individuo em contornar barreiras para manter o nível de atividade física) e indicadores de adiposidade em 4986 homens e mulheres finlandeses com idade entre 25 e 74 anos da pesquisa National Cardiovascular Risk Factor. A escala de depressão do Center for Epidemiologic Studies, o questionario alimentar R18 de três fatores e a escala de barreiras para motivação da pratica de atividade física formam utilizadas. O índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC) e percentual de gordura corporal dos participantes foram medidos.
Os sintomas depressivos e a alimentação emocional tiveram correlações positivas e a motivação para prática de atividade física teve uma correlação negativa com IMC, CC e percentual de gordura corporal. Elevados sintomas depressivos foram relacionados a maior alimentação emocional e a motivação própria para atividade física foi menor, enquanto alimentação emocional e motivação própria para atividade física foram inversamente correlacionadas. As associações bivariadas positivas entre sintomas depressivos e indicadores de adiposidade tornaram-se não significativos em modelos que incluíram alimentação emocional e motivação própria para atividade física, e ambos fatores mediaram significativamente os efeitos dos sintomas depressivos sobre indicadores de adiposidade.
Os resultados deste estudo mostram que fatores psicológicos relacionados com alimentação e atividade física podem ser relevantes na explicação da relação positiva entre sintomas depressivos e adiposidade. Por isso, intervenções na obesidade devem levar em conta os efeitos destes fatores sobre a regulação do peso corporal.
Fonte: Nutrição em Pauta
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